quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Intervenção com o CRAS

Fotos da intervenção com pessoal do CRAS - 31/11/2013

Trabalhamos conceito de Região - Lugar, Espaço, Território e Paisagem.
Tentando abordar um pouco do cotidiano dos jovens Ourinhenses.Utilizamos 4 músicas:


Aluga-se - Raul Seixas
A solução pro nosso povo
Eu vou dá
Negócio bom assim
Ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui
É só vim pegar
A solução é alugar o Brasil!...

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!...

Os estrangeiros
Eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico
Tem vista pro mar
A Amazônia
É o jardim do quintal
E o dólar dele
Paga o nosso mingau...

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Pois esse imóvel está prá alugar
Alugar! Ei!
-Grande Solução!...

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
Agora é free!
Tá na hora é tudo free
Vamo embora
Dá lugar pros outro entrar
Pois esse imóvel tá prá alugar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
Agora é free!
Tá na hora é tudo free
Vamo embora
Dá lugar pros gringos entrar
Pois esse imóvel
Está prá alugar...

Está Prá Alugar Meu Deus!
Nós não vamo paga nada!
Nós não vamo paga nada!
É tudo free!
Vamo embora!


Sobradinho - Sá e Guarabyra

O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai-se embora com medo de se afogar.

Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Pilão Arcado, Sobradinho
Adeus, Adeus ...


Adoniran Barbosa - Saudosa Maloca

Si o senhor não "tá" lembrado
Dá licença de "contá"
Que aqui onde agora está
Esse "edifício arto"
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Mais, um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.



Rap da Felicidade - Cidinho e Doca

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Fé em Deus... DJ
Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência Que o pobre tem o seu lugar
Mas eu só quero
é ser feliz,feliz,feliz,feliz,feliz
onde eu nasci
ham...
e poder me orgulhar
e ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar
Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer
Com tanta violência eu tenho medo de viver
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado
A tristeza e a alegria aqui caminham lado a lado
Eu faço uma oração para uma santa protetora
Mas sou interrompido a tiros de metralhadora
Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela
O pobre é humilhado,esculachado na favela
Já não agüento mais essa onda de violência
Só peço, autoridade, um pouco mais de competência
Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência Que o pobre tem o seu lugar
Diversão hoje em dia não podemos nem pensar
Pois até lá no baile eles vêm nos humilhar
Ficar lá na praça, que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes, que não têm nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra Zona Sul pra conhecer água de coco
E pobre na favela,vive passando sufoco
Trocaram a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero a bonança
O povo tem a força, só precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui.
Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência Que o pobre tem o seu lugar
Diversão hoje em dia... nem pensar
Pois até lá no baile eles vêm nos humilhar
Ficar lá na praça, que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes, que não têm nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal em que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra Zona Sul pra conhecer água de coco
E pobre na favela, passando sufoco
Trocaram a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero a bonança
O povo tem a força, só precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui.






segunda-feira, 23 de setembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

IX Semana de Geografia da Unesp - Campus de Ourinhos 


Entre os dias 5 e 8 de novembro, será realizada a IX Semana de Geografia da UNESP, Campus de Ourinhos/SP, intitulada "O espaço brasileiro contemporâneo: leituras sobre campo, cidade e região". O evento é organizado por professores e alunos do curso de Geografia. O principal objetivo subjacente ao evento é contribuir para o aprofundamento do debate sobre o espaço brasileiro contemporâneo, tendo como prisma os processos e dinâmicas urbanos, rurais e regionais. 

O público alvo do evento abrange alunos do curso de Geografia e áreas afins, alunos de cursos técnicos, alunos e professores das redes pública e privada de educação básica, alunos de pós-graduação em Geografia e áreas afins, entre outros. As atividades e modalidades do evento, em suas diferentes formas - espaços de diálogo para apresentação de trabalhos (pôsteres e oral), minicursos e mesas redondas, colocarão em contato pesquisadores com grande relevância dentro da Geografia brasileira e alunos em diversos estágios de formação acadêmica. 





Para envios de trabalhos e mais informações acesse:

http://ourinhos.unesp.br/semanageo


https://twitter.com/ixsemanageo

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

GEOMÚSICAS


Geografia Humana - MIGRANTES NORDESTINOS E CULTURA NORDESTINA


                      Edu Lobo


Borandá 
Vam' borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá
Já fiz mais de mil promessas
Rezei tanta oração
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Vou me embora, vou chorando
Vou me lembrando do meu lugar
É, borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá
Quanto mais eu vou pra longe
Mais eu penso sem parar
Que é melhor partir lembrando

Que ver tudo piorar

Que é melhor partir lembrando
Que ver tudo piorar

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Dorival Caymmi



Peguei um Ita no Norte


Peguei um Ita no norte
Pra vim pro Rio morar



Adeus meu pai, minha mãe
Adeus Belém do Pará
Ai, ai, ai, ai



Adeus Belém do Pará
Ai, ai, ai, ai
Adeus Belém do Pará

Vendi meus troços que eu tinha
O resto dei pra "aguardá"


Talvez, eu volte pro ano
Talvez eu fique por lá


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     Ary Toledo 


  Pau-de-arara 


Eu um dia cansado que tava da fome que eu tinha

eu não tinha nada que fome que eu tinha, que seca danada no meu Ceará

Eu peguei e juntei um restinho de coisas que eu tinha
:
duas calças velhas e uma violinha e num pau de arara
toquei para cá.
E de noite eu ficava na praia de Copacabana zanzando
na praia de Copacabana
dançando o chachado pras moças olhá

Virgem Santa que a fome era tanta
que nem voz eu tinha meu Deus quanta moça
que fome que eu tinha mais fome que tinha no meu
Ceará

Puxa vida num tinha uma vida pior do que a minha
que vida danada, que fome que eu tinha
zanzando na praia pra lá e pra cá

Quando eu via toda aquela gente no come que come
Eu juro que eu tinha saudade da fome da fome que eu
tinha no meu Cearà
e dai eu pegava e cantava e dançava o xaxado
e só conseguia porque no xaxado a gente só pode mesmo
se arrastá.

Virgem Santa que a fome era tanta
qu'inté parecia que mesmo xaxando meu corpo subia
igual se tivesse querendo voar.

Vou si´mbora pró meu Ceará porque lá tenho um nome
aqui não sou nada sou só Zé com fome sou só Pau de
Arara
nem sei mais cantá

Vou pica minha mula vou antes que tudo rebente
porque estou achando que o tempo tá quente
pior do que antes não pode ficar.

Matérias de Jornais